máquinas para o fim do real | Sea Battle | Tiago Rorke


máquinas para o fim do real | Sea Battle | Tiago Rorke

Published on July 08, 2017 by artecódigo

máquinas para o fim do real ciclo de exposições de arte electrónica e digital tiago rorke

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Como seres humanos, a nossa relação com os números, a contagem e aritmética está intimamente ligada ao nosso relacionamento com a fabricação de marcas. Uma vez que nos movemos além das nossas próprias partes do corpo para a contagem, as marcas de contagem tornaram-se a origem de muitos sistemas numéricos, e ainda são evidentes em alguns sistemas de escrita actuais.  

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Sea Battle > Tiago Rorke

A Batalha Naval (Sea Battle) usa marcações mecanizadas para interpretar um passatempo popular que emergiu como um jogo de lápis e papel no início do século XX. Ao recriar o jogo numa escala onde é enfatizado como uma relação entre máquinas e não entre seres humanos, a natureza mecânica do jogo é mais aparente, destacando suas qualidades computacionais. Esta instalação não é, no entanto, apenas uma simulação, mas uma performance que busca antropomorfizar as duas máquinas no contexto do jogo. As próprias máquinas de desenho são uma representação da simulação que funciona invisivelmente no código, e é a velocidade física das máquinas que determina a duração de cada jogo. A instalação consiste em dois computadores que executam a aplicação Sea Battle, cada um controlando uma plotter. Como no jogo tradicional, em cada jogada, a aplicação analisa o estado do jogo, escolhe um novo alvo e envia essa solicitação para a outra máquina através do servidor Sea Battle. Depois de receber uma resposta, envia esses comandos de desenho à plotter, juntamente com o movimento do oponente, e o jogo continua. A simulação gera-se de forma processual, de modo que cada jogo é único.

A partir da sua experiência como designer, artista e investigador, Tiago Rorke costuma estar imerso na prototipagem e computação física, ferramentas e detalhes. O seu trabalho oscila entre ferramentas para fazer e ensinar, e máquinas e experiências que questionam as nossas relações diárias com a tecnologia. Nascido em Wellington, Nova Zelândia, Tiago estudou desenho industrial no Victoria University of Wellington School of Design, e foi aluno do Computational Design Lab na Carnegie Mellon University, em Pittsburgh PA. Co-fundador do Diatom, um estúdio em Londres a desenvolver ferramentas do design colaborativo e open-source, Tiago é agora um designer freelancer a trabalhar entre hardware e software, e que mora em Lisboa. https://tiago.nz.